
Se quiserem ver as traduções dessa gravura (na qual Lutero e Satanás estão aparentemente preparando uma caldeirada), cliquem aqui.

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Este é um tempo muito interessante para ser um cristão, especialmente no Brasil. A explosão das igrejas evangélicas trouxe consigo uma maré de produção cultural (em sua maior parte) medíocre, ao ponto de ser impossível conviver nas igrejas sem ser exposto à moda gospel, sem ser influenciado (ou sofrer tentativa de influência) por televangelistas, programas de rádio, sons que vão do pop ao brega, e livros que não acabam mais, variando em tema de como conseguir prosperidade financeira através de princípios espirituais à como encontrar Jesus em “O Senhor dos Anéis”.
Em oposição ao comercialismo gospel, ouvimos vozes de protesto que seriam extremamente bem-vindas se o protesto delas não fosse além da casca brega da cultura contemporânea cristã; mais e mais vemos autores cristãos inteligentes atacando não apenas a superficialidade de muitas igrejas, mas o próprio coração do cristianismo, abandonando a crença em absolutos morais e espirituais, deixando de lado a pregação da salvação em favor de uma mensagem mais social. Vemos uma divisão, especialmente nas igrejas evangélicas, entre ignorantes ortodoxos e hereges esclarecidos, e há pouco espaço para quem é pego no meio desse tiroteio.
Enquanto isso, a Igreja Católica sofre uma agonia: Entre o retorno à Tradição e a abertura para a vivência do fiel leigo, normalmente as vozes defensoras de um tradicionalismo sentimental e não, ou pouco vivo, por um lado, e de um populismo furibundo (e desejaríamos moribundo), por outro, são as únicas que se destacam.
Eu disse que este é um tempo muito interessante para ser um cristão; nunca disse que era um tempo confortável. Sentimos a necessidade de novas vozes dentro da igreja que defendem uma fé ortodoxa e concreta, que não se deixem levar pelos modismos intelectuais da geração presente, mas que também não apelem para a ignorância ou ao medo. Cremos que o Cristianismo não precisa de atitudes autoritárias, populistas e anti-intelectuais- e nem de liberalismos e teologia frouxa- para prosperar; a Palavra de Deus é eficaz em sí própria. Como escreveu o Apóstolo Paulo em II Coríntios 10,
“Embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas; derrubando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo.”
Daí tiramos nosso nome, e daí tiramos nosso motivo de estar aqui. Somos todos cativos de uma verdade, e viemos fazer mais prisioneiros.
3 comentários:
Poxa João, você tinha escrito uma estória maravilhosa sobre a verdadeira origem do halloween no ano passado, eu acho. Mas com sua mania de matar blogs nós perdemos pérolas como essas, além de a beleza dos cliches, ensopado de cachorro e a estória da velhinha que colecionava deuses, que você nem terminou por sinal. PARE COM ESSA MANIA!
-De um antigo leitor
O Elton tem mesmo toda razão. Toda.
Me sinto um viajante do tempo falando com incríveis blogueiros do passado.
Passei um tempo procurando na internet um texto excelente do João sobre como as origens do Hallowenn estão na reforma protestante (um mash-up histórico), mas não pude encontrá-lo (suspeito que esteja no antigo mero cristianismo).
Alguma ideia de odne encontro ele?
Abraços!
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