O título foi pra rimar! Nem sei se está certo gramaticalmente falando, mas rimou, ficou bonitinho! Bom, começando de verdade, este domingo fui à EBD (sim, a muito tempo que não ia) e rolou um debate sobre o tema "O crente pode perder a salvação? Sim ou Não?" (isso também rima). Eu tentei falar algumas coisas lá e me enrolei todo, então quis escrever aqui pra me redimir e tentar falar o que eu tentei lá de um jeito que seja inteligível!
Logo que o tema foi introduzido eu pensei: será que isso importa? Existem muitos textos bíblicos que validam o ponto de vista que o cristão não pode perder a salvação, e pra mim essa resposta está ok. No final das contas, quem realmente sabe quem é salvo ou não somos nós mesmos e Deus, de forma que na minha cabeça a verdadeira resposta é "tanto faz". Eu acho que o grande problema aqui não é descobrir a resposta mas entender o motivo da pergunta. Qual é a minha real preocupação quando eu faço esse tipo de pergunta?
Eu acho que a gente começa a entender o motivo da pergunta quando pensamos no que é a salvação pra gente. A salvação é uma passaporte para o céu ou uma forma de escapar do inferno? A salvação é um meio ou é um fim? A salvação é um prêmio ou um presente? Talvez, a real pergunta aqui seja "por que eu quis a salvação?". Não sei se eu estou me enrolando tanto quanto na EBD mas o que eu quero dizer é: será que eu quero saber se eu posso perder a salvação por ter feito ou deixado de fazer algo? Será que a minha preocupação é se eu vou ou não vou pro inferno?
Eu acho esse tipo de pensamento muito "egoísta" (eu não sei se é esta a palavra mais correta, mas enfim) uma vez que, aparentemente eu só quero me safar, livrar meu próprio "couro" do fogo eterno do inferno. A minha motivação é o medo e eu quero saber quais regras eu tenho que seguir pra não acabar lá. O João escreveu uma vez sobre como a salvação nos alcança, explicando que nós, por nós mesmos, não somos capazes de alcançá-la. Eu me pergunto, se nós não somos capazes de alcança-la porque seríamos capazes de perdê-la?
Eu, como cristão criado no meio Batista, tive muita dificuldade em entender o conceito de liberdade que Jesus introduziu através da graça derramada por meio da cruz. Eu, de fato, sou livre pra fazer o que eu quiser e o que me pauta nas decisões do dia a dia não é o fato de eu poder, mediante uma atitude ou outra, ir para o céu ou inferno. O que me motiva é o amor que eu sinto por aquele que me ama mais que tudo, que foi capaz de entregar seu próprio filho por mim. O meu desejo pela salvação, hoje, não nasce pela vontade de escapar do inferno. Nasce da vontade de responder ao amor de Deus, mesmo que de forma incompleta e débil.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
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