Olá, Filipe.
Alguns mêses atrás, enquanto buscando por coisas inúteis no google, decidi buscar aquela mais inútil das coisas; referências ao meu blog. Para minha surpresa, havia outro blog com o nome de Pensamentos Cativos, namely, o seu. Achei uma coincidência agradável porque, crente supersticioso que sou, referências bíblicas me agradam, e decidi descobrir mais sobre o cara que teve a mesma idéia que eu na hora de dar um nome pro seu site. Não levei mais do que três minutos pra descobrir que a similaridade dos nomes não era uma coincidência. Você copiou o nome de um projeto que criei com alguns amigos, que durou duas pequenas edições e ressuscitou este ano com este blog. E pra descobrir seu plágio, só bastou ler o primeiro post de seu blog. É o mesmíssimo texto que escrevi como prefácio do Pensamentos Cativos original, e hoje é a missão do blog. Está lá em baixo, em preto.
Acima do texto, tal como se encontra em seu blog, está escrito em negrito "Escrito por Filipe Garcia". O que não é uma mentira completa; você realmente modificou o texto. Para ser preciso, você mudou exatamente uma coisa: as afirmações feitas no plural foram modificadas para o singular. Uma declaração de um grupo, um posicionamento meu e de meus amigos, uma proposta feita por quatro pessoas, foi reduzida ao pensamento original (quase escrevi esse original entre aspinhas sarcásticas, mas resisti o impulso) e solitário de um blogueiro. E que pequenos detalhes deliciosos nos comentários. Gostei em especial do comentário de Felipe Fanuel, no qual ele discorda com sua (resisto novamente as aspinhas sarcásticas) fé excludente, e pergunta se realmente vale a pena abrir um blog para difundir idéias que, levadas ao extremo, levam ao fundamentalismo e extremismo. Ah, o comentário dele me fez sorrir, porque o "conservadorismo militante, cego, e estúpido" é, bem, o nosso campo aqui. Alguns mais cegos do que outros, e ninguém mais estúpido do que eu: mas se é assim que minha fé vai ser definida, vestirei o insulto no peito como se fosse uma medalha. Acho o Felipe Fanuel uma boa pessoa, mas é assegurador ver que um texto meu o deixou um pouco desconfortável. Mesmo presente no blog de uma fuinha plagiadora e tão espertamente crítica de crentes como você.
Na ocasião, deixei um comentário secamente comentando sobre a autoria do post, e o Nagel deixou um comentário pedindo que você, well, fosse honesto. Você deletou ambos os comentários, e eu deixei pra lá; não é tão importante, e que diabos, quem se importa. Mas uma amiga levantou assunto novamente, perguntando desconcertada porque eu roubei o nome de um blog que já existia; e isto me deixou um pouco irritado. E por isto gasto estes exatos vinte e dois minutos de minha vida- dá para ver que foram vinte e dois minutos porque foi a duração inteira de um episódio dos Simpsons- para pedir que você, sei lá, remova o post; e posto aqui, pra não ter outro comentário deletado. Ia pedir para que mudasse o nome do blog, mas ah, nós roubamos de Paulo pra início de conversa, e ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
Um abraço,
João.
domingo, 7 de setembro de 2008
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11 comentários:
Caso o caso (ops...) não se resolva pelas vias diplomáticas, o Blogger pode nos ajudar a acabar com um blog plageador. Podemos acioná-los se necessário.
Filipe,
O meu perdão você já tem, mas não ainda o meu respeito, que vai ficar esperando você se retratar no mesmo lugar onde cometeu o erro, isto é, no discipulum.blogspot.com. E vou fingir que não vi você excluir meu comentário.
Querido amigo JONH mas que coisa,
Como disse antes,não posto e
etc,etc,etc.
Mas os fatos ocorridos ultimamente por aqui estão cada vez mais engraçados,ou melhor toscos!
Diga meu amigo, gostaria de saber se você está satisfeito com os resultados que você está obtendo através do seu blog, e sobre os posts que você escreve,( é só uma curiosidade).
Quanto ao moço que se barbeia, não liga não, é porque ele não teve tempo de pensar em algo pois passa a vida a se barbear e a se olhar no espelho!
não á tempo de pensar,aí fica com a Cuca Ruim.
Gusavo, Éber, Igor e John,
Senhores, Foi um prazer espero um dia conhecer todos!
Abraços.
@filipe: como o igor disse, você está perdoado. é realmente chato quando pensam que você é o ladrão de uma coisa que você mesmo criou, por isso espero ler em breve a sua retratação no blog. de qualquer forma, esperamos que suas ações possam falar mais alto que o belo texto que você escreveu, coisa que eu não consigo fazer.
@cintia: eu não entendi o que vc quis dizer. eu não sei se você entendeu o que se quis dizer também, então, sei lá! foi um prazer também, eu acho! abraços!
Filipe, te agradeço por responder de forma cortês e honesta. Sei que nosso primeiro contato aqui foi meio crítico, mas creio que podemos ter uma relação cordial e amigável daqui pra frente. E peço perdão por ter te chamado de fuinha, hehe. Um abraço.
Cíntia, não sei se você é a Cíntia que eu imagino que você seja, então vou consultar um amigo antes de dizer qualquer outra coisa, hehe. Um abraço.
John,
Se eu sou o amigo que você vai consultar e se a sua dúvida é a que eu imagino, esta Cíntia é a mesma que você aparentemente imagina que seja.
Éber,
Se você olhar bem, o comentário dela não é inteiramente relacionado ao post. É um "mudando de assunto". Por isso sua dúvida, eu creio.
Tá, Ok, Vamos lá, Éber é o seguinte, talvez esteja complicado, escrevo muito mal mesmo e assumo, como diz meu pai(com toda pureza d'alma),Mas pôxa Estou acompanhando a confusão desde o início e simplesmente acho muito "vulgar" para não dizer besterudo demais a foto do mocinho e o conteúdo do blog, só quiz dar um apoio, e tal, mas vi que não deu certo...
Eu disse aquilo por causa da fotinho do moçoilo, pois parece que ele passa a vida a fazer coisas do gênero se achando muito engraçado logo não teria tempo de pensar em escrever algo legal vindo de seu cucuruto!
Querido John, sou euzinha mesmo, com dedos coragem e péssima escrita!
Pois é. O tal do Filipe se desculpou, e tal, a conversa poderia ter sido dada por encerrada.
Poderia.
Na mesma medida em que nós, calvinistas, utilizamos a máxima calvinista "uma vez salvo, sempre salvo", poder-se-ia, no caso do larápio de textos, parodiá-la em um "uma vez plagiador, sempre plagiador".
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Li, dia desses, um excelente texto no Cristianismo Criativo (http://www.cristianismocriativo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=115&Itemid=9). Curioso, continuei a leitura pelos comentários e - pimba! - lá estava uma denúncia de plágio.
E de fato o plágio estava bem caracterizado (o texto surrupiado de Caio Fabio pode ser conferido aqui:
http://www.caiofabio.com/novo/caiofabio/pagina_conteudo.asp?CodigoPagina=0217200007).
Nosso 'escriba' ainda agradeceu elegantemente ao primeiro comentário elogioso ao texto (que não era dele!): "Muito obrigado pelo carinho e graças a Deus pelas suas palavras, Eusmize. Sei que o Senhor me observa e peço a Ele que me faça mais digno de suas palavras e de seus elogios. As sonhos são grandes, a capacidade nem tanto, mas o Pai que está no céu é poderoso para cumprir todo bom intento de nossos corações." Desde quando plágio é um "bom intento"?
Descoberta a fraude, nosso escriba não apareceu mais por lá.
&
Consciente de que o plágio estava claro e o plagiador desmascarado, resolvi visitar o blog, linkado no mesmo texto. Tratava-se, pois, do homônimo "pensamentos cativos". Descobri-o encerrado. Agora se chama "Hiperatividade Cerebral". Mas, claro, devia-se chamar hipoatividade cerebral. Isso porque os plágios continuam.
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Dois textos listados na página inicial do blog nos dão a medida de como nosso plagiador atua.
Um deles ( http://hiperatividadecerebral.blogspot.com/2009/01/ardente-expectativa.html ), intitulado "A ardente expectativa", foi publicado em janeiro desse ano pelo Rev. Idauro Campos, Pastor da Igreja Evangélica Congregacional (link aqui: http://www.artigonal.com/religiao-artigos/a-ardente-expectativa-721666.html ). O modus operandi foi o mesmo: alterou uma mínima coisa aqui, outra ali, e publicou o texto SEM FAZER NENHUMA REFERÊNCIA ao original.
O segundo recebeu o título de "A (hilariante) história do Halloween" (ver aqui http://hiperatividadecerebral.blogspot.com/2009/10/historia-do-halloween.html ). Quem escreveu, de fato, esse texto? Um tal "Joao Lemos Santos"... ( http://r.m.ben.mailbox.googlepages.com/zine.pdf ). Originalmente, estava sem o "hilariante", permanecendo "A história do Halloween". Não é 'hilário' que, passado um ano, o 'arrependido' plagiador cometa a mesma infração contra a vítima de outrora?
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É necessário, pois, colocar em questão a sinceridade do pedido de perdão. Quando nosso escriba argumenta que as vítimas de plágio se "sentem como se tivessem sido roubadas", ele está sendo leniente com a infração. Não é que eles se sentem como se 'tivessem sido' roubadas; elas foram, DE FATO, roubadas...
Quando se consome em auto-piedade ao dizer que "por mais que ao meu ego seja doloroso" a retratação, as dores sentimentais do escriba são em virtude da confissão do plágio, e não pela infração em si. É como se um assassino somente se envergonhasse quando fosse descoberto e o colocasse em negativa relevância, mas nunca pelo ato em si.
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Que fique bem claro: plágio não é copiar textos e publicá-los outra vez. E fazer isso e, ainda assim, não atribuir a verdadeira autoria dos mesmos, induzindo o leitor a acreditar que aquele texto ao seu publicador.
Se quer MESMO ecoar boas idéias e textos de alguém pela net, o que impede de dar os devidos créditos aos autores?
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Agravante de toda essa situação é reconhecer a capacidade do Filipe. Veja, por exemplo, a argumentação no comentário publicado aqui e em alguns textos publicados lá no blog dele. Ele é um cara bom. Tentado ao erro, mas um cara com potencial.
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O que dizer, depois disso tudo? Que nosso amigo não tem mais o direito de ser perdoado? Ora, claro que tem. Ele não tem é o direito de rebaixar tanto o valor do perdão, na medida em que recorra às infrações indefinidas vezes.
Ou, como disse o Mestre: "Vá e não peques mais..."
ERRATA
Onde se lê "Que fique bem claro: plágio não é copiar textos e publicá-los outra vez. E fazer isso e, ainda assim, não atribuir a verdadeira autoria dos mesmos, induzindo o leitor a acreditar que aquele texto ao seu publicador.",
Leia-se:
"Que fique bem claro: plágio não é copiar textos e publicá-los outra vez. É fazer isso e, ainda assim, não atribuir a verdadeira autoria dos mesmos, induzindo o leitor a creditar aquele texto ao seu publicador."
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