domingo, 13 de julho de 2008

O baile funk gospel

Nunca entendi o fascínio que a gospelização de entretenimento secular tem sobre tantos crentes. Entendo o impulso de buscar alternativas musicais evangélicas dentro de cada gênero, e por isto entendo, e simpatizo com, a interminável fileira de pagodeiros, metaleiros e forrózeiros evangélicos- desde que, é claro, eu não tenha que ouvir a música deles. Mas as pessoas levam isto longe, longe demais, para atividades que são duvidosamente cristãs, ou até mais, abertamente opostas à prática cristã.

Por exemplo: o baile funk gospel. Em teoria, concordo 100% com a idéia de que é possível glorificar a Deus com o funk, tanto quanto com qualquer outro gênero musical. MAS: alguém já foi para um baile funk gospel sem ver pessoas se trepando na pista? Eu já vi, com estes olhos de carne, pessoas dançando num baile evangélico de formas que deixariam as dançarinas do créu envergonhadas. O mesmo com a rave evangélica. E mais: música de rave, pelo menos segundo meu entendimento limitado, é aquela sucessão de batidas repetitivas e somente apreciáveis com a ingestão de pelo menos alguns halucinógenos. Num gênero onde poucas músicas sequer tem pessoas cantando, como, exatamente, é possível fazer uma música cristã?

E eis o que estou tentando dizer: não é que participar de um baile funk gospel ou de uma rave gospel seja pecado; mas se as pessoas vão se comportar de forma mundana em ambos, porque não vão logo para um baile mundano? Se você vai dançar como as cachorras, porque quer fazê-lo ao som de músicas sobre Jesus? Se as pessoas agem de forma exatamente igual em um ambiente e no outro, qual é a diferença entre um e outro? Porque se preocupar em fazer uma alternativa gospel, se a alternativa possui diferença nenhuma do padrão secular?

5 comentários:

Igor disse...

Cultura gospel, cavando mais e mais fundo nos limites mais baixos da cultura humana desde 1908 (or so).

Ergamos as mãos e demos Glória a Deus.

"As dançarinas do créu" têm nome, seu mal educado - fui pesquisar e elas se chamam "Jaca" e "Moranguinho". Uma que já foi se chama "Melancia".

Podíamos fazer uma dupla de funk gospel com dançarinas. Eu seria o DJ Iguinho e você o MC Jão. Teríamos como dançarinas as mulher-trigo e a mulher-joio, ou talvez também a mulher-semente-de-mostarda.
nonononono.

Anônimo disse...

João, cadê a linha pra eu assinar concordando?

Nina disse...

"Se você vai dançar como as cachorras, porque quer fazê-lo ao som de músicas sobre Jesus?"

Achei sensacional! Agindo desse jeito, as pessoas fazem exatamente aquilo que condenam: usam o nome do Senhor em vão. Como cantam músicas sobre Jesus, se não agem de acordo com aquilo que ele prega?

Enfim, como foi dito: onde está a linha para eu assinar?

Carlos Alberto disse...

Eu fico extremamente triste com comentários deste tipo sobre o trabalho de outras pessoas,faço produções de eventos gospel em minha cidade , me preocupo com o numero de almas que apresento a salvação em Cristo Jesus, sou de um tempo que as irmãs da minha igreja tinham que usar véu sobre seus rostos para cultuar a Deus .
sou do tempo que em minha igreja usávamos o osculo santo, muitas pessoas nem sabe o que é! existiu um tempo em que os pastores deveriam usar chapéu e bengala !
olha que só tenho 35 anos de idade.
agora eu oro , consagro a minha vida a Deus para ser ferramenta para ganhar almas pra cristo , usando sim o funk, reg,rep e outros ritmos digo q em um evento de 1000 pessoas eu vejo 300 se rendendo aos pés de Cristo! peço ajuda em oração a vc que é tão descrente em relação ao meu trabalho de evangelização. pois faço esse trabalho com muito zelo.

Leandro disse...

Moraes Nextel, conversão é diferente de convencer... O Jesus que conheço, é o que salva, cura e LIBERTA!O mesmo que através de Paulo disse que deveríamos fugir da aparência do mal.
Me perdoe, mas você fez questão de dizer quantas pessoas vc conseguiu, mas creio que não sabe se todas estas 300 estão ainda nos caminhos de Deus.
Vivemos em dias em que as pessoas querem igrejas cheias, mas de pessoas vazias... Pessoas que louvam e adoram a Deus, sem ter que abrir mão de quase nada; quando na verdade para adorar a Deus, deveriamos negar a nós mesmos!
Voltemos ao objetivo do louvor, voltemos ao evangelho.


Vivemos em dias que as pessoas já não suportam a sã doutrina, tendo comichão nos ouvidos, amontoam para para si, doutores segundo suas próprias concupcências, e desviam seus ouvidos da verdade, voltando às fábulas.Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério!
baseado: II Timóteo 4.2-5